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segunda-feira, 8 de março de 2010

Atrasado mas…

Acabou à pouco a entrevista do Sousa Tavares e o Primeiro Ministro. Depois de a ver, sinto agora a necessidade de expressar a minha opinião.

Vou começar por cima: acho Portugal, e o Mundo, numa extrema salganhada. Em todos os sentidos. O que estamos a viver, é semelhante a uma ressaca, ressaca esta de um período de Vacas Gordas (como já foi denominado a Portugal ao época do final dos anos 90), para agora se viver as consequências de todo um liberalismo que foi posto e consumado sem nenhum controlo. Assistimos no século XX a uma explosão daquilo que temos hoje: a imagedemocracia,  os ditadores, o Bob Marley, o Einstein, o Marx, os Beattles, o Punk, o Jimi Hendrix, o João Paulo II etc.. Estaria aqui a noite toda. E hoje? Que referências temos para o século XXI?. Tudo o que temos hoje, derivou destas figuras do passado. Hoje, estamos à beira de um novo paradigma, e ninguém ainda percebe isto. Antes havia esta aglomeração das massas, mas hoje, estas massas estão perante a sua esfera privada, e cada individuo defende o seu sonho, o seu carro, a sua casa, o seu emprego; um sonho tão americano como de irrealista face a um futuro. Todos os índices nos apontam para a catástrofe, todos os défices, toda a crise, e mesmo assim, continuamos a acreditar... Continuamos neste caminho... as novas ideologias continua na liberalização, do aborto, dos homossexuais, das substâncias, do sexo, enquanto vemos a natalidade a descer, o défice, a pobreza e a poluição a aumentar, e em constante fracasso sobre a resolução destes problemas, vemos os números destes últimos a piorar. A pergunta que deixo: será este o caminho? Estamos em crescimento ou decrescimento? Não estará o mundo a ganhar cada vez mais liberdade, mas a perder a sua moral? Nisto chamamos conservadorismo e abertura da mente?

image Perante tudo isto, volto a referir a salganhada. Porque neste emaranhado de ideologias, crises, desejos e políticas, os rumos parecem perdidos num oceano. É o que se passa na actualidade: nem o resto do mundo sabe resolver a crise, nem nós por cá sabemos o que fazer. Enquanto isso, andam os políticos sem nenhuma politica de acordo, a tentarem ganharem-se uns aos outros. Por isso, não acho de todo que haja total mentira no primeiro ministro. É verdade que há pessoas que só pensam em atacar e não se fixar na verdade e nos factos. Mas também não é tão mentira que não haja corrupção, e estas historias que hoje vemos do face oculta, da TVI, do Figo, da liberdade democrática, é se-não mais que a evidência que ela existe, e de o primeiro ministro se viu traído por alguns nessa corrupção. Acho correcto as medidas do governo para a crise, em que baixou o défice, que aposta no investimento social e nas energias alternativas. E digo sinceramente: melhor era muito difícil. O problema, é que neste emaranhado de ideologias e salganhadas que tudo está, o exterior não melhora, e nós por cá também nos resta pouco. É triste, mito triste, assistir a uma desordem política de boatos, intrigas e histórias, de ver uma corrupção tão nítida e ninguém fazer nada.

Que se pode fazer agora para equilibrar as contas? Vamos retirar salário aos mais assalariados? Vamos ao bolso do Cristiano Ronaldo? Pela lei e sistema, é impossível; doutrinalmente era o que o Direito deverá fazer, é criar leis de forma a controlar tudo. Mas ideologicamente, é impossível, porque não podemos ir ao bolso do Cristiano Ronaldo, porque existe algo que se chama o ‘privado...’ Ou seja, todo este paradigma social e económico que vivemos, está caído, falido, gasto... e continuamos a defende-lo... Devemos ir ao bolso do Cristiano Ronaldo? Não defendo esse tipo de Revoluções, defendo sim que haja um brainstorming geral, e se comece a cortar já; basta de taxas de lucros de mil porcento, chega de ordenados exagerados. Vamos começar de novo! Enquanto não percebermos isto; percebermos que é necessário reformular um novo paradigma, e não defendermos o actual... nunca daqui sairemos...Porque também por mais fundamentalista que seja o paradigma do estado nação falido, não é coerente defender-se a globalização e tentarmos controlar o défice de meia dúzia de milhões de europeus, por exemplo... Sempre me ensinaram na vida; sempre ouvi dizer que até na tropa a moral é assim; ou é, ou não é... ou se sabe ou não se sabe... ou generaliza, ou não se generaliza...

É nestes termos a base Revolucionária que eu defendo.

 

 

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