Há uns certos tempos, assistiu-se a uma declaração pública, que me causou certo espanto.
Sem qualquer intenção clubista, e apelo a todos os leitores que lerem isto, que reflictam no sucedido com a coerência e verdadeiro bom censo.
Se um dia, qualquer um de nós, trabalhador de uma entidade empregadora, desse uma bela maçã num colega, parceiro de negócio ou de trabalho, levava logo com um processo disciplinar, com investigação, provas, e muito provavelmente, era despedido em justa causa sem qualquer tipo de compensação, ou ainda tinha que pagar indemnização.
E agora eu digo: há uns tempos, certos jogadores de futebol, agrediram um segurança de uma determinada entidade, com provas de vídeo, provas de testemunhas, não foram punidos pelo clube (pelo contrário), não foram despedidos (levaram só suspensão de 4 e 6 meses), e ainda, e AINDA vieram publicamente com seus colegas, mostrar a sua indignação e.. REVOLTA?...
Tudo bem que este caso foi em Futebol, mas na minha opinião, deixa de ser tão grave como outros, pois sendo o futebol considerado por muitos como uma industria, tenha impacto em muita coisa. Não no que gera como output, mas no que vai buscar como Input no seu processo. Refiro-me aos milhões que se movem, e aos milhões que também se movem tantos adeptos na sua estatura como espectadores pagantes. Não estou a expressar-me contra o futebol, apenas defendo que os resultados por parte dos sócios e apoiantes de clubes, que devem ser muito mais exigentes e não perdoar tantas coisas que se passam. Se calhar, é por isso que os grandes males no futebol hoje existem.
Mas o mais triste de tudo, é ver como a influência de poder em estrutura e dinheiro que é o futebol, se mantém no estado de direito: numa eventual situação semelhante ao que descrevi, um trabalhador estava lixado; um jogador de futebol, não. E ainda por cima, é apoiado pelos colegas e entidade patronal, onde se identificam como... revoltados. É trágico verificar-se o poder de desejos e pressões privadas acima da justiça. A isto é que eu chamo mau censo. Mas não só: gostava de saber onde se é bom censo declarar-se que estar abaixo de qualquer adversário é uma situação anormal. Bem... tantos e quantos já caíram pela idolatria e por se acharem grandes e poderosos. A arrogância é um grande mal do ser humano, que a a curto ou longo prazo não promove a estabilidade. A factura vem depois, com os resultados. Vitimas do próprio mau estar, vitimas da própria arrogância e subvalorização própria.
Só a nós, a cada um de nós, cabe fazer a sua parte, para que a justiça se faça, para que estes ciclos tenham fim.
(e se auto-regulem, para que nunca mais ninguém ouse reacendê-los)
VIVA À (alguma) JUSTIÇA!
‘E vão nos dando Futebol!
Põe-se o norte o norte contra o Sul!
É dividir pra mandar!’
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