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sexta-feira, 9 de abril de 2010

VENDIDO.

Quando tirei os óculos, naquele dia, naquela tarde, deixei que as imagens se-me fizessem nos olhos, e que a sombra do das coisas me apagassem do sol.

Imaginei-me na minha inocente idade, passear por todos aqueles campos, imaginei-me de bicicleta a pedalar pela gravilha solta, sem que ninguém, a não ser a providência moral me acautelasse do perigo de me afastar muito sozinho. E no meio da minha recordação, estanco-me na petrificada imagem da realidade, os tempos novos do século recente. Por mais que pisque e esfregue os olhos, por mais que os desvie da direcção, nada se apaga. Vejo no P04-04-10_16.00 arame farpado os espinhos, vejo nas cancelas as masmorras, vejo no conjunto, o egoísmo de alguém que um dia disse: isto é meu.

Não concordo com a liberalização desmesurada de tornar tudo privado. Não concordo com o ganhar dinheiro rápido. Não concordo que privar 15km2 de hectare e de sobral seja respeito tanto pela natureza, como pela terra em si, de quem lá mora e de quem sempre lá pertenceu.

E digo mais: se é para termos coisas destas hoje derivados de um golpe de estado numa manhã de Abril, e a que todos chamam de revolução... Então acho que houve um Retrocesso. Ou um roubo. Por isso, desejo uma outra Revolução.

P04-04-10_17.30 Não sei que ideologia é esta que domina a entrada neste milénio. Ou melhor, não há mesmo ideologia. Custa-me ver tantas terras por aí, e em especial o Alentejo, vendido, nas mãos de quem simplesmente tem herdades só para ter, ou ter herdades que só servem para extrair cortiça, e por isso vedem-nas. Eu pergunto, onde está a beleza se está tapada? Pergunto onde está a liberdade se há arame farpado? E pergunto ainda: não há solução que se possa fazer consoante a isto? Não acredito.

Às vezes não sei onde tudo vai parar. Tento procurar na literatura e no romance, algumas respostas que necessito. É-me doloroso chegar e já não poder passar. É-me doloroso bater à porta e ninguém abrir. É doloroso como chegar e não haver nada, onde as anáforas se repetem como que se exprimindo do passado. Mas, descobri mesmo que o silêncio já é uma reposta, e que as respostas vão sendo dadas, como o sol que chega por trás do horizonte; todos os dias...

P04-04-10_16.05 Por aqui sinto os ventos que inspiraram mudanças, sinto no verde dos campos a mãe de muitos líderes. Todas as conjunturas sempre foram ingratas aqui. O ar da calma é gigante, o espaço do campo é tesouro para o descanso. Mas nunca foi, para estar vedado. E isto tudo levo dentro de mim. A minha alma abraça o espírito desta terra.

P04-04-10_16.06[1]

 

Não, esta foto não foi na assembleia da República. Foi mesmo no Alentejo.

 

 

Um bem Haja.

 

sexta-feira, 19 de março de 2010

(alguma) JUSTIÇA!!!

Há uns certos tempos, assistiu-se a uma declaração pública, que me causou certo espanto.

image Sem qualquer intenção clubista, e apelo a todos os leitores que lerem isto, que reflictam no sucedido com a coerência e verdadeiro bom censo.

Se um dia, qualquer um de nós, trabalhador de uma entidade empregadora, desse uma bela maçã num colega, parceiro de negócio ou de trabalho, levava logo com um processo disciplinar, com investigação, provas, e muito provavelmente, era despedido em justa causa sem qualquer tipo de compensação, ou ainda tinha que pagar indemnização.

E agora eu digo: há uns tempos, certos jogadores de futebol, agrediram um segurança de uma determinada entidade, com provas de vídeo, provas de testemunhas, não foram punidos pelo clube (pelo contrário), não foram despedidos (levaram só suspensão de 4 e 6 meses), e ainda, e AINDA vieram publicamente com seus colegas, mostrar a sua indignação e.. REVOLTA?...

image Tudo bem que este caso foi em Futebol, mas na minha opinião, deixa de ser tão grave como outros, pois sendo o futebol considerado por muitos como uma industria, tenha impacto em muita coisa. Não no que gera como output, mas no que vai buscar como Input no seu processo. Refiro-me aos milhões que se movem, e aos milhões que também se movem tantos adeptos na sua estatura como espectadores pagantes. Não estou a expressar-me contra o futebol, apenas defendo que os resultados por parte dos sócios e apoiantes de clubes, que devem ser muito mais exigentes e não perdoar tantas coisas que se passam. Se calhar, é por isso que os grandes males no futebol hoje existem.

Mas o mais triste de tudo, é ver como a influência de poder em estrutura e dinheiro que é o futebol, se mantém no estado de direito: numa eventual situação semelhante ao que descrevi, um trabalhador estava lixado; um jogador de futebol, não. E ainda por image cima, é apoiado pelos colegas e entidade patronal, onde se identificam como... revoltados. É trágico verificar-se o poder de desejos e pressões privadas acima da justiça. A isto é que eu chamo mau censo. Mas não só: gostava de saber onde se é bom censo declarar-se que estar abaixo de qualquer adversário é uma situação anormal. Bem... tantos e quantos já caíram pela idolatria e por se acharem grandes e poderosos. A arrogância é um grande mal do ser humano, que a a curto ou longo prazo não promove a estabilidade. A factura vem depois, com os resultados. Vitimas do próprio mau estar, vitimas da própria arrogância e subvalorização própria.

Só a nós, a cada um de nós, cabe fazer a sua parte, para que a justiça se faça, para que estes ciclos tenham fim.

(e se auto-regulem, para que nunca mais ninguém ouse reacendê-los)

VIVA À (alguma) JUSTIÇA!

 

 

‘E vão nos dando Futebol!

Põe-se o norte o norte contra o Sul!

É dividir pra mandar!’

segunda-feira, 8 de março de 2010

Atrasado mas…

Acabou à pouco a entrevista do Sousa Tavares e o Primeiro Ministro. Depois de a ver, sinto agora a necessidade de expressar a minha opinião.

Vou começar por cima: acho Portugal, e o Mundo, numa extrema salganhada. Em todos os sentidos. O que estamos a viver, é semelhante a uma ressaca, ressaca esta de um período de Vacas Gordas (como já foi denominado a Portugal ao época do final dos anos 90), para agora se viver as consequências de todo um liberalismo que foi posto e consumado sem nenhum controlo. Assistimos no século XX a uma explosão daquilo que temos hoje: a imagedemocracia,  os ditadores, o Bob Marley, o Einstein, o Marx, os Beattles, o Punk, o Jimi Hendrix, o João Paulo II etc.. Estaria aqui a noite toda. E hoje? Que referências temos para o século XXI?. Tudo o que temos hoje, derivou destas figuras do passado. Hoje, estamos à beira de um novo paradigma, e ninguém ainda percebe isto. Antes havia esta aglomeração das massas, mas hoje, estas massas estão perante a sua esfera privada, e cada individuo defende o seu sonho, o seu carro, a sua casa, o seu emprego; um sonho tão americano como de irrealista face a um futuro. Todos os índices nos apontam para a catástrofe, todos os défices, toda a crise, e mesmo assim, continuamos a acreditar... Continuamos neste caminho... as novas ideologias continua na liberalização, do aborto, dos homossexuais, das substâncias, do sexo, enquanto vemos a natalidade a descer, o défice, a pobreza e a poluição a aumentar, e em constante fracasso sobre a resolução destes problemas, vemos os números destes últimos a piorar. A pergunta que deixo: será este o caminho? Estamos em crescimento ou decrescimento? Não estará o mundo a ganhar cada vez mais liberdade, mas a perder a sua moral? Nisto chamamos conservadorismo e abertura da mente?

image Perante tudo isto, volto a referir a salganhada. Porque neste emaranhado de ideologias, crises, desejos e políticas, os rumos parecem perdidos num oceano. É o que se passa na actualidade: nem o resto do mundo sabe resolver a crise, nem nós por cá sabemos o que fazer. Enquanto isso, andam os políticos sem nenhuma politica de acordo, a tentarem ganharem-se uns aos outros. Por isso, não acho de todo que haja total mentira no primeiro ministro. É verdade que há pessoas que só pensam em atacar e não se fixar na verdade e nos factos. Mas também não é tão mentira que não haja corrupção, e estas historias que hoje vemos do face oculta, da TVI, do Figo, da liberdade democrática, é se-não mais que a evidência que ela existe, e de o primeiro ministro se viu traído por alguns nessa corrupção. Acho correcto as medidas do governo para a crise, em que baixou o défice, que aposta no investimento social e nas energias alternativas. E digo sinceramente: melhor era muito difícil. O problema, é que neste emaranhado de ideologias e salganhadas que tudo está, o exterior não melhora, e nós por cá também nos resta pouco. É triste, mito triste, assistir a uma desordem política de boatos, intrigas e histórias, de ver uma corrupção tão nítida e ninguém fazer nada.

Que se pode fazer agora para equilibrar as contas? Vamos retirar salário aos mais assalariados? Vamos ao bolso do Cristiano Ronaldo? Pela lei e sistema, é impossível; doutrinalmente era o que o Direito deverá fazer, é criar leis de forma a controlar tudo. Mas ideologicamente, é impossível, porque não podemos ir ao bolso do Cristiano Ronaldo, porque existe algo que se chama o ‘privado...’ Ou seja, todo este paradigma social e económico que vivemos, está caído, falido, gasto... e continuamos a defende-lo... Devemos ir ao bolso do Cristiano Ronaldo? Não defendo esse tipo de Revoluções, defendo sim que haja um brainstorming geral, e se comece a cortar já; basta de taxas de lucros de mil porcento, chega de ordenados exagerados. Vamos começar de novo! Enquanto não percebermos isto; percebermos que é necessário reformular um novo paradigma, e não defendermos o actual... nunca daqui sairemos...Porque também por mais fundamentalista que seja o paradigma do estado nação falido, não é coerente defender-se a globalização e tentarmos controlar o défice de meia dúzia de milhões de europeus, por exemplo... Sempre me ensinaram na vida; sempre ouvi dizer que até na tropa a moral é assim; ou é, ou não é... ou se sabe ou não se sabe... ou generaliza, ou não se generaliza...

É nestes termos a base Revolucionária que eu defendo.

 

 

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Para _




Escrevo este texto para o fim, quando os dias tiverem nas últimas horas, quando tudo o que houver estiver esgotado. Seco, vazio, morto. Quando nada, além da  caneta, da guitarra e da voz, forem a única alternativa no conforto da mágoa. Da lágrima, que cai e se derrete. Felizes os lutadores, os que sofrem na verdadeira dor da razão. Esse mal nunca vencerá. Às vezes a nossa vida não é mais que um meio da história, uma parte de um corpo, de um grupo, de uma equipa, de uma família. Não te preocupes, afinal nunca foi entre tu e eles, foi entre tu e Deus. Chora na tua dor, retira daí o teu músculo para a batalha. Dessa fibra será feita a tua pedra, a tua sepultura será de mármore vivo, e a tua alma será grande entres todas as estrelas de luz podre, falsas e hipócritas. Esse é o futuro. É a certeza de um dia. Continua! Faz dessa certeza o combustível para que nada temas, e essa tua guerra será o troféu e o bem estar de alguém que um dia virá depois de ti. E quantos já não fizeram para que tu hoje tenhas o que tens?! Feliz, és feliz, tu, oh puro da razão, oh mártir perseguido da mentira. Tu que por detrás dos teus óculos escuros vês e escutas o redor, e na multidão te passas despercebido, pois sabes que te perseguem.Activista incansável, do mundo e de ti próprio. O a tua imagem reflecte-se até no céu cinzento; na nação do alto, a bandeira estará a meia haste, por ti. O vento agita-la-á. O mesmo vento que toca tua roupa, no teu cabelo, na tua face, nos teus símbolos.

Quando leres isto, que seja quando já mais nada houver a fazer. Que leias estas palavras, que oiças esta voz pela noite fora, que cada letra seja uma lágrima sentida da tua dor, pois contigo Deus achou graça, e essa tua fraqueza é ouro tão brilhante quanto a pedra da tua sepultura.
Quando interiorizares isto, que seja de tua porta fechada, da tua televisão e rádio apagada, de explorer fechado, de telemóvel desligado. Que nada do exterior te incomode e te interfira.
Todas estas frases são para sempre que o mundo ficar mais pobre, cada vez que a Natureza matar, cada vez que que a chuva diga na janela, que o dia será todo assim. Para quando a luz for feita a velas, para quando o ar for pesado, para quando a doença ditar a morte, para quando as flores falarem a despedida, para todo o novo, o velho e intermédio, para todo o rico e o pobre, para o azul e o cinzento do céu, para a erva e para terra, para o mar e para o rio, e para todos estas imagens e filmes que na memória eterna permanecerem estátuas, em cada monumento que é todo o ser Humano simples, e puro. Que estas palavras guardem o bater de coração, o sangue que por entre elas passa,
o toque,
o olhar,
o sorriso,
o abraço,
o beijo,
de esperança,
de verdade,
de certeza
e fé;
a única alternativa para mundo:
a R e v o l u ç ã o do Amor.

Perguntas:

Num tempo em que se discute num dilema existêncial da veracidade da pseudo-liberdade democrática, neste país deveras doente, pelo que considero actualmente ser culpa dos seus governantes, venho aqui expressar com firmeza a minha liberdade democrática.

Desculpem-me qualquer coisa, mas há coisas que não compactuo nem consigo perceber, este erro muito fácil de se cair quando se confunde liberdades e direitos... Por isso vou mencionar neste post algumas perguntas.image

Como plano de actividades para o novo mandato do governo, surgiu esta nova questão do casamento homossexual. Sem querer ferir susceptibilidades, venho como já referi, em liberdade democrática, expressar algumas perguntas, que gostava que fosse reflectidas.

- Estavam todos descontentes com o primeiro ministro, mas todos voltaram a elegê-lo. Porquê? Porque ninguém tem mais condições para governar? Então se a corrupção estão nos partidos maiores, porque não votar e dar oportunidade aos outros? Foi pelo charme do primeiro ministro? Pela facilidade de comunicação? O povo gosta de pessoas que dão à língua? Com tantos problemas sérios de crise, o casamento homossexual é maneira de resolver a crise? Isto não será malabarismo para acalmar e alienar as massas aos problemas sérios? Queremos apanhar o rumo à Europa, e andamos preocupados a discutir casamentos homossexuais?

- Não estarão os direitos dos homossexuais já definidos na constituição? Se lhes vamos dar novos direitos, é porque são diferentes? Não querem a igualdade? Se o casamento tem origens de procriação da família, porquê chamar de casamento e não união de facto? Homem e Mulher serão coisas iguais? Não irá isso destruir a confundir a sociedade? O grande problema da sociedade é os homossexuais?

-  Se queremos o casamento homossexual, mas não queremos a adopção de crianças, então para que serve o casamento?

- Existem mais de 75 mil assinaturas a favor de um referendo. Porquê não é feito? Já não basta a tentativa de controlo da TVI e esses casos TRISTES para tentar impor e controlar algo, do face oculta e não sei mais o quê...

- A grande questão é: achamos um igual casamento de um homem e uma mulher, a um homem e um homem, uma mulher e uma mulher, só pelo facto da orientação sexual ser igual? E os outros aspectos de casamento? Isto enquadra-se na sociedade? Só ligamos ao aspecto sexual? Só temos esse como único interesse? Não será isto um erro muito fácil de se cair, e trará de futuro muitas consequências graves? E, ou , se a agravar a outros na sociedade nacional e global? A sociedade não deve decidir consoante a isto?

imageVolto a falar agora em liberdade democrática: onde ela está? Se para o aborto houve, para isto não há porquê? A Democracia não é feita pelo Povo ou pelo Estado? Ditadura?

“A Tirania, na Idade Média, começou pela liberdade. Tudo começa por ela.” ― Jules Michelet

A Constituição não viola em nada os direitos gays, porque os direitos e deveres devem ser colocados num mesmo âmbito ou plano equivalente.

image «A lei 7/2001 que regula a união-de-facto é universal e abrange as pessoas normais e os gays. José Sócrates defende a violação da Constituição no que diz respeito às liberdades e garantias da esmagadora maioria da população portuguesa, nomeadamente a violação flagrante do artigo 41 da Constituição.

José Sócrates defende a violação da Declaração Universal dos Direitos Humanos.»

 

Em seguida apresento algumas das opiniões que, apesar de mediáticas, contém alguma verdade.

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image O presidente do Governo Regional da Madeira considera que chamar casamento a uma união homossexual «é o mesmo que lhe chamar cozido à portuguesa ou bacalhau com todos».

«Defendo em absoluto a livre opção sexual de cada pessoa, em termos de não poder ser passível de qualquer discriminação. Defendo a adequada tutela jurídica para as uniões de facto, independentemente de se tratar ou não de uma relação homossexual», disse, no «Palavras Assinadas», do TVI24.

No entanto, para Alberto João Jardim, «chamar casamento a uma coisa que naturalmente o não é, só porque deu na cabeça de alguns, é uma provocação cuja irracionalidade obriga a contestá-la em nome da inteligência».

E Jardim faz mesmo um desafio ao Governo de José Sócrates: «Se a maioria parlamentar, dita de pseudo esquerda, está assim tão convencida que esse é o querer dos portugueses, então por que não recorre ao referendo?»

http://diario.iol.pt/politica/palavras-assinadas-jardim-casamento-gay-homossexual-tvi24/1106923-4072.html

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Homofobia

04 | 02 | 2010   09.21H

João César das Neves | naohaalmocosgratis@fcee.ucp.pt

image Hoje quem manifeste oposição ou desagrado pelas práticas homossexuais é logo repudiado violentamente como homofóbico. Isto nasce de dois erros elementares acerca dos direitos democráticos.

Uma atitude chauvinista ou xenófoba é justamente repudiada entre nós porque manifesta desagrado por aquilo que outro cidadão é em si mesmo, o que viola o princípio da igualdade em que a nossa sociedade se baseia. Mas na homossexualidade não se trata do que a pessoa é, mas do que faz. Não é raça ou sexo, mas acção, modo de vida. As pessoas nascem com as suas características étnicas e físicas, não com opções sexuais.

Os activistas têm-se esforçado por demonstrar que a orientação sexual é genética e natural. Mas, mesmo que o consigam (o que está longe), nunca podem ir além de uma inclinação, orientação. As pessoas não vivem pré-determinadas nem perdem a capacidade de escolha. Também há quem nasça com temperamento colérico e agressivo e isso não nos impede de repudiar a violência.

Em segundo lugar, é preciso lembrar que existe um crime muito grave chamado homofobia, que consiste em agredir e prejudicar alguém por ser homossexual. Mas isso é muito diferente da liberdade de opinião acerca da prática. Também há quem seja abertamente contra a Igreja, o que é legítimo na sociedade livre, sem que tal se confunda com a perseguição religiosa concreta, proibida pela lei.

Na cultura actual a homossexualidade é geralmente tolerada. O direito que hoje sofre discriminação é a liberdade de expressão dos que pensam que ela é uma perversão.

http://www.destak.pt/opiniao/52883

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Casamento homossexual: Socialistas católicos querem referendo

2009-10-24

O grupo dos militantes socialistas católicos quer promover um referendo sobre o casamento homossexual se a proposta do PS passar na Assembleia da República e propõe-se participar na recolha de 75 mil assinaturas para o conseguir.

O porta-voz desta tendência dentro do PS, Cláudio Anaia, disse à Agência Lusa que os socialistas católicos pensam que é "uma questão de justiça" haver um referendo para que "todos os portugueses se possam pronunciar sobre esta matéria".

À espera de ver como a Assembleia da República decidirá sobre a matéria - e apontando dúvidas sobre a posição que o PCP irá manifestar - os socialistas católicos afirmam-se dispostos a integrar uma plataforma "multipartidária" que vai começar já na próxima semana a recolher opiniões.

A sua convicção é que "a maioria dos portugueses é contra o casamento homossexual", uma proposta que os socialistas católicos chamam de "aberrante" e que afirmam ter por trás a adopção de crianças por casais homossexuais.

Nesta matéria, consideram que o PS está "ideologicamente baralhado" e a seguir o Bloco de Esquerda e lamentam que "defina como prioritário o casamento homossexual" quando se vive "numa altura de crise social" em vez de se concentrar "no combate à pobreza e no combate ao desemprego".

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1400404