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sexta-feira, 19 de março de 2010

(alguma) JUSTIÇA!!!

Há uns certos tempos, assistiu-se a uma declaração pública, que me causou certo espanto.

image Sem qualquer intenção clubista, e apelo a todos os leitores que lerem isto, que reflictam no sucedido com a coerência e verdadeiro bom censo.

Se um dia, qualquer um de nós, trabalhador de uma entidade empregadora, desse uma bela maçã num colega, parceiro de negócio ou de trabalho, levava logo com um processo disciplinar, com investigação, provas, e muito provavelmente, era despedido em justa causa sem qualquer tipo de compensação, ou ainda tinha que pagar indemnização.

E agora eu digo: há uns tempos, certos jogadores de futebol, agrediram um segurança de uma determinada entidade, com provas de vídeo, provas de testemunhas, não foram punidos pelo clube (pelo contrário), não foram despedidos (levaram só suspensão de 4 e 6 meses), e ainda, e AINDA vieram publicamente com seus colegas, mostrar a sua indignação e.. REVOLTA?...

image Tudo bem que este caso foi em Futebol, mas na minha opinião, deixa de ser tão grave como outros, pois sendo o futebol considerado por muitos como uma industria, tenha impacto em muita coisa. Não no que gera como output, mas no que vai buscar como Input no seu processo. Refiro-me aos milhões que se movem, e aos milhões que também se movem tantos adeptos na sua estatura como espectadores pagantes. Não estou a expressar-me contra o futebol, apenas defendo que os resultados por parte dos sócios e apoiantes de clubes, que devem ser muito mais exigentes e não perdoar tantas coisas que se passam. Se calhar, é por isso que os grandes males no futebol hoje existem.

Mas o mais triste de tudo, é ver como a influência de poder em estrutura e dinheiro que é o futebol, se mantém no estado de direito: numa eventual situação semelhante ao que descrevi, um trabalhador estava lixado; um jogador de futebol, não. E ainda por image cima, é apoiado pelos colegas e entidade patronal, onde se identificam como... revoltados. É trágico verificar-se o poder de desejos e pressões privadas acima da justiça. A isto é que eu chamo mau censo. Mas não só: gostava de saber onde se é bom censo declarar-se que estar abaixo de qualquer adversário é uma situação anormal. Bem... tantos e quantos já caíram pela idolatria e por se acharem grandes e poderosos. A arrogância é um grande mal do ser humano, que a a curto ou longo prazo não promove a estabilidade. A factura vem depois, com os resultados. Vitimas do próprio mau estar, vitimas da própria arrogância e subvalorização própria.

Só a nós, a cada um de nós, cabe fazer a sua parte, para que a justiça se faça, para que estes ciclos tenham fim.

(e se auto-regulem, para que nunca mais ninguém ouse reacendê-los)

VIVA À (alguma) JUSTIÇA!

 

 

‘E vão nos dando Futebol!

Põe-se o norte o norte contra o Sul!

É dividir pra mandar!’

segunda-feira, 8 de março de 2010

Atrasado mas…

Acabou à pouco a entrevista do Sousa Tavares e o Primeiro Ministro. Depois de a ver, sinto agora a necessidade de expressar a minha opinião.

Vou começar por cima: acho Portugal, e o Mundo, numa extrema salganhada. Em todos os sentidos. O que estamos a viver, é semelhante a uma ressaca, ressaca esta de um período de Vacas Gordas (como já foi denominado a Portugal ao época do final dos anos 90), para agora se viver as consequências de todo um liberalismo que foi posto e consumado sem nenhum controlo. Assistimos no século XX a uma explosão daquilo que temos hoje: a imagedemocracia,  os ditadores, o Bob Marley, o Einstein, o Marx, os Beattles, o Punk, o Jimi Hendrix, o João Paulo II etc.. Estaria aqui a noite toda. E hoje? Que referências temos para o século XXI?. Tudo o que temos hoje, derivou destas figuras do passado. Hoje, estamos à beira de um novo paradigma, e ninguém ainda percebe isto. Antes havia esta aglomeração das massas, mas hoje, estas massas estão perante a sua esfera privada, e cada individuo defende o seu sonho, o seu carro, a sua casa, o seu emprego; um sonho tão americano como de irrealista face a um futuro. Todos os índices nos apontam para a catástrofe, todos os défices, toda a crise, e mesmo assim, continuamos a acreditar... Continuamos neste caminho... as novas ideologias continua na liberalização, do aborto, dos homossexuais, das substâncias, do sexo, enquanto vemos a natalidade a descer, o défice, a pobreza e a poluição a aumentar, e em constante fracasso sobre a resolução destes problemas, vemos os números destes últimos a piorar. A pergunta que deixo: será este o caminho? Estamos em crescimento ou decrescimento? Não estará o mundo a ganhar cada vez mais liberdade, mas a perder a sua moral? Nisto chamamos conservadorismo e abertura da mente?

image Perante tudo isto, volto a referir a salganhada. Porque neste emaranhado de ideologias, crises, desejos e políticas, os rumos parecem perdidos num oceano. É o que se passa na actualidade: nem o resto do mundo sabe resolver a crise, nem nós por cá sabemos o que fazer. Enquanto isso, andam os políticos sem nenhuma politica de acordo, a tentarem ganharem-se uns aos outros. Por isso, não acho de todo que haja total mentira no primeiro ministro. É verdade que há pessoas que só pensam em atacar e não se fixar na verdade e nos factos. Mas também não é tão mentira que não haja corrupção, e estas historias que hoje vemos do face oculta, da TVI, do Figo, da liberdade democrática, é se-não mais que a evidência que ela existe, e de o primeiro ministro se viu traído por alguns nessa corrupção. Acho correcto as medidas do governo para a crise, em que baixou o défice, que aposta no investimento social e nas energias alternativas. E digo sinceramente: melhor era muito difícil. O problema, é que neste emaranhado de ideologias e salganhadas que tudo está, o exterior não melhora, e nós por cá também nos resta pouco. É triste, mito triste, assistir a uma desordem política de boatos, intrigas e histórias, de ver uma corrupção tão nítida e ninguém fazer nada.

Que se pode fazer agora para equilibrar as contas? Vamos retirar salário aos mais assalariados? Vamos ao bolso do Cristiano Ronaldo? Pela lei e sistema, é impossível; doutrinalmente era o que o Direito deverá fazer, é criar leis de forma a controlar tudo. Mas ideologicamente, é impossível, porque não podemos ir ao bolso do Cristiano Ronaldo, porque existe algo que se chama o ‘privado...’ Ou seja, todo este paradigma social e económico que vivemos, está caído, falido, gasto... e continuamos a defende-lo... Devemos ir ao bolso do Cristiano Ronaldo? Não defendo esse tipo de Revoluções, defendo sim que haja um brainstorming geral, e se comece a cortar já; basta de taxas de lucros de mil porcento, chega de ordenados exagerados. Vamos começar de novo! Enquanto não percebermos isto; percebermos que é necessário reformular um novo paradigma, e não defendermos o actual... nunca daqui sairemos...Porque também por mais fundamentalista que seja o paradigma do estado nação falido, não é coerente defender-se a globalização e tentarmos controlar o défice de meia dúzia de milhões de europeus, por exemplo... Sempre me ensinaram na vida; sempre ouvi dizer que até na tropa a moral é assim; ou é, ou não é... ou se sabe ou não se sabe... ou generaliza, ou não se generaliza...

É nestes termos a base Revolucionária que eu defendo.