Razão (des)temida!: (((PARENTISIS…))) ..de tudo o escrito ate agora

É numa noite quente de verão, que a minha memória dilata, que as minhas sensações diluem no prol do silêncio. Como uma ponta de cigarro que se acende, a calma da noite puxa-me a dependência da música, e soa-me como uma corda distorcida de guitarra, o meu som sujo que se limpa no céu da noite.

Dentro do quarto o meu mundo gira no meio da semana. Roupa a monte, cartões, ténis, folhetos, uma revista de musica, papeis de trabalhos e post-it de muita coisa.

Mas é lá fora que a minha consciência se prende, no dormir do dia, no brilho fraco das estrelas. Gosto de ouvir as vozes nuas da rua, o espaço da estrada que segue, o rumar da liberdade conquistada. Não pelas massas loucas em fúria, mas pela massa da multidão no seu rumar individual, sempre unido, e possante. Ideologicamente é a minha apologia de rumo, o seguir de malas feitas, e um beijo à terra que fica para trás. Pelos ares o grito é o sentimento que trespassa, e se desenha nas pegadas. Marcas medidas do tamanho da riqueza. E tudo é o suficiente para ir. Nos bolsos o dinheiro suficiente para viver e dar. Abaixo o supérfluo. Abaixo o excesso de riquezas.

É numa melodia boa que cimento a história dos meus olhos, as lúcidas lembranças que nunca esquecerei. Mas apenas com as perguntas, o onde e como, sem alguma vez saber o futuro e o presente, bem ou mal. Incerta incerteza em todos os dias que me seguirão. Apenas e só, a imagem gravada nos meus olhos, a certeza do que foram realmente numa data de tempo.

São todos os bons momentos que me fazem hoje, saber a minha luta, saber olhar na linha do horizonte e apontar: é ali que quero chegar! É este sol fantástico de final do dia na praia que me dá energia para concretizar, e seguir em frente. Seja de punho cerrado, de malas feitas, agitando a bandeira, ou proclamando a música;